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Registro de autoridade

Aarão Leal de Carvalho Reis

  • Pessoa
  • 06/05/1853 - 11/04/1936

Aarão Leal de Carvalho Reis nasceu a 6/5/1853, em Belém (PA), filho do deputado federal (MA) Fábio Alexandrino de Carvalho Reis e de Anna Rosa Leal de Carvalho Reis. Formado em Engenharia Civil pela Escola Central – posteriormente, Escola Polythecnica e, mais tarde, Escola de Engenharia – no Rio de Janeiro (1869-1874), foi nomeado praticante técnico das obras hidráulicas da Alfândega/RJ (1874). Paralelamente, iniciou carreira no magistério, lecionando, desde 1869, matemática elementar em cursos particulares e, depois, na própria Escola Politécnica. Foi ainda professor catedrático vitalício de Economia Política e Finanças, Direito Constitucional e Administrativo e Estatística. Ainda estudante, filiou-se ao Partido Republicano, tendo fundado, no Rio de Janeiro, o primeiro Clube Republicano que funcionou sob a denominação de “A Jovem América”. Colaborou, ao lado de Lopes Trovão, em vários jornais, incluindo o Jornal do Comércio. Como engenheiro exerceu diversos cargos públicos: engenheiro fiscal das obras da construção do Matadouro de Santa Cruz, Rio (1875); chefe do Serviço Telegráfico da Estrada de Ferro D. Pedro II (1881-1885); chefe dos Serviços de Construção do Açude de Quixadá (CE) (1885); diretor dos Correios do Brasil (1895); diretor do Banco do Brasil (1896); diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil (1906-1910); diretor do Lloyd Brasileiro (1910); inspetor geral das Obras Federais contra as Secas do Nordeste (1913). Aarão Reis dirigiu a Comissão de Engenheiros que projetou e traçou a nova capital de Minas Gerais, em local por ele escolhido, o velho arraial do Curral D’El Rey, hoje Belo Horizonte. Em meados de 1896, o presidente Prudente de Moraes lhe solicitou a reforma do Palácio Nova Friburgo para adaptá-lo às novas funções de palácio presidencial, passando a ser conhecido como Palácio do Catete. Na política atuou como deputado federal pelo estado do Pará em 1909-1911, 1927-1929 e 1930-1932, filiado ao Partido Republicano. Foi casado com Mariana Furtado Reis, com quem teve 7 filhos. Faleceu em 11 de abril de 1936, no Rio de Janeiro.

Adolfo Bloch

  • Pessoa
  • 08/10/1908 - 19/11/1995

Aeronáutica

  • Entidade coletiva

Affonso de Carvalho

  • Pessoa
  • 18/10/1897-15/06/1953

Francisco Afonso de Carvalho nasceu em Alagoas no dia 18 de outubro de 1897, filho de Antônio Afonso de Carvalho, militar, e de Sebastiana Sales de Carvalho.
Fez os estudos secundários no Ginásio Estadual São Joaquim em Lorena (SP), ingressando em 1915 na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Declarado aspirante-a-oficial em dezembro de 1918, foi promovido a segundo-tenente em dezembro de 1919 e a primeiro-tenente em janeiro de 1921.
Em novembro deste último ano teve participação ativa, através do Clube Militar, na reação ao episódio das “cartas falsas”, documentos ofensivos ao Exército publicados pelo Correio da Manhã no mês anterior como de autoria de Artur Bernardes, candidato à presidência da República, com a finalidade de incompatibilizá-lo com as forças armadas. Sindicância posterior demonstrou tratar-se de textos forjados, mas sua publicação acirrou a oposição dos militares a Bernardes, que, não obstante, acabou sendo eleito em março de 1922.
Promovido a capitão em setembro de 1924, cursou em 1929 a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Apoiou a Revolução de 1930 e, em dezembro de 1932, foi designado interventor federal em Alagoas em substituição a Luís de França Albuquerque. Em janeiro de 1933 fundou o Partido Nacional (PN) de Alagoas para concorrer às eleições à Assembléia Nacional Constituinte, passando a presidir a comissão executiva dessa agremiação. Realizado o pleito em maio de 1933, o PN elegeu toda a bancada alagoana.
Durante os trabalhos constituintes, iniciados em novembro seguinte, entrou em conflito com a bancada alagoana, que se recusou a acompanhá-lo na aceitação da “indicação Medeiros Neto”. Defendida em janeiro pelo deputado Antônio Garcia de Medeiros Neto, do Partido Social Democrático (PSD) da Bahia, na condição de líder da maioria, a proposta sugeria uma reforma do regimento interno da Constituinte a fim de inverter a ordem dos trabalhos e permitir que se elegesse o presidente da República antes da aprovação definitiva do novo texto constitucional. Essa proposta encontrou forte resistência, que foi contornada em fevereiro através da “fórmula Simões Lopes”, de autoria do deputado gaúcho Augusto Simões Lopes, que possibilitou a abreviação dos trabalhos mediante a votação em bloco do anteprojeto substitutivo, deixando-se as emendas para serem apresentadas e votadas somente em segunda discussão.
Em março de 1934, Afonso de Carvalho deixou a interventoria, sendo substituído pelo capitão Temístocles de Azevedo. Promovido a major em maio do ano seguinte, em 1939 representou o Exército brasileiro nas comemorações da independência da Argentina, cumprindo idêntica função em 1940 por ocasião das festas centenárias de Portugal. Em maio do ano seguinte foi promovido a tenente-coronel e, durante a gestão do general Eurico Dutra no Ministério da Guerra (1936-1945), serviu em seu gabinete entre 1941 e 1945.
Com o enfraquecimento do Estado Novo e o início da redemocratização do país em 1945, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), na legenda do qual se elegeu em dezembro deputado por Alagoas à Assembléia Nacional Constituinte. Iniciando o mandato em fevereiro do ano seguinte, participou dos trabalhos constituintes e, após a promulgação da nova Carta em 18 de setembro de 1946, e a transformação da Assembléia em Congresso ordinário, ocupou uma cadeira na Câmara até janeiro de 1951. Nesse ínterim, foi promovido a coronel em junho de 1946, passando à reserva em 1950.
Afonso de Carvalho foi também poeta, crítico literário e jornalista, tendo colaborado em O Jornal, na Revista da Semana, que fundou e dirigiu, em O Radical e na Nação Armada, todos do Rio de Janeiro. Publicou Poemas parnasianos (1920); Cartas ao senhor diabo (1922); Memórias póstumas de um homem vivo (1928); 1ª bateria, fogo!...; O movimento pacificador; Golpe de vista na Revolução de 1930 (correspondência telegráfica do Estado-Maior Revolucionário, 1931); A poética de Olavo Bilac (ensaio, 1934); Viagem pelo Brasil (romance, 1935); Poesias (1943); Capacetes de aço, Vale a pena acordar amanhã? (romance); O Brasil não é dos brasileiros; Bilac, o homem, o poeta, o patriota; Caxias e Bilac e Teu filho não voltará mais, além de peças de teatro de revista, dramas e comédias.
Foi ainda membro do Instituto de História e Geografia Militar e da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
Faleceu em 15/06/1953.

Fonte: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC/FGV). Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/francisco-afonso-de-carvalho Acesso em janeiro de 2023.

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