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Francisco Glicério de Cerqueira Leite

  • Person
  • 15/08/1846 - 12/04/1916

Francisco Glicério de Cerqueira Leite nasceu em Campinas, SP, em 15/08/1846, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 12/04/1916. Foi jornalista, político e maçom, com forte atuação nos movimentos abolicionista e republicano, tendo sido eleito deputado federal ainda no Império. Entre 1891 e 1899 exerceu consecutivos mandatos como deputado federal, e de 1902 a 1916 foi senador, também em mandatos sucessivos, sempre pelo estado de São Paulo. Ocupou o cargo de secretário de Estado da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (equivalente, na época, aos atuais ministérios dos Transportes e da Agricultura) de 31/01/1890 a 22/01/1891. Por sua participação na Proclamação da República, recebeu o posto de general honorário do Exército. Sua atuação na política paulista foi relevante, sobretudo na articulação entre a política local e a federal. Era reconhecido como grande negociador, sendo apelidado por seus correligionários de “o cabo eleitoral dos cabos eleitorais”. Orador habilidoso, não teve maiores dificuldades em conquistar eleições. Foi o 17º grão-mestre geral do Grande Oriente do Brasil (maçonaria), exercendo a função entre 01/02/1905 e 03/04/1905. Às vésperas da Proclamação da República, foi chamado de São Paulo ao Rio de Janeiro para colaborar na organização do movimento. Após o triunfo republicano, participou ativamente da escolha dos membros do Governo Provisório. Mais tarde, foi acusado de ser um dos mandantes do atentado contra o presidente Prudente de Morais.

Carlos Machado Bittencourt

  • Person
  • 12/04/1840 - 05/11/1897

Marechal Carlos Machado Bittencourt nasceu em 12 de abril de 1840, em Porto Alegre (RS), e morreu em 5 de novembro de 1897, assassinado no Rio de Janeiro (RJ).
Ingressou na Escola Militar de Porto Alegre aos 17 anos, seguindo depois para servir na Arma da Cavalaria. Participou da Guerra do Paraguai sob o comando dos generais Osório e Andrade Neves, sendo ferido em ação e promovido a capitão por atos de bravura.
Em 1890, tornou-se comandante das tropas do Exército no Rio Grande do Sul. Em 1897, foi nomeado Ministro da Guerra do governo de Prudente de Morais. Na época, a Guerra de Canudos já se arrastava desde 1896, com sucessivas derrotas das forças enviadas pelo governo estadual e federal. Bittencourt dirigiu-se ao local da luta, organizando o serviço de abastecimento das tropas e, segundo relatos, teria ordenado a execução de todos os prisioneiros, rendidos ou não, seguindo a prática da época: desentranhamento e degola. Sob seu comando, a Revolta de Canudos foi esmagada, sendo este episódio considerado uma das manchas mais terríveis, desonrosas e cruéis da história do Exército Brasileiro.
Ao retornar ao Rio de Janeiro, durante o desfile militar para comemorar a vitória sobre os revoltosos, foi assassinado enquanto tentava impedir um atentado contra o então presidente Prudente de Morais.
Pelo seu trabalho na organização do abastecimento das forças que atuaram em Canudos, Carlos Bittencourt foi escolhido como patrono do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro.

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