Showing 1041 results

Authority record
Person

Enê Garcez dos Reis

  • Person
  • 1914 - 2000

Nasceu em 1914, no Rio de Janeiro, filho e neto de generais do Império e da República. Era militar e pertenceu à Arma de Infantaria, tendo servido em Cáceres (Mato Grosso) como voluntário, no posto de Tenente. Em 1940 serviu, por 2 anos, em uma Companhia de Fronteiras em Porto Velho (atual Estado de Rondônia). Essas experiências em áreas de fronteiras despertaram seu interesse pelos problemas dessas regiões, passando a estudá-los. Em Porto Velho, conheceu o então presidente Getúlio Vargas, com quem conversou sobre essas questões.
Em 1942, após o término de seus 2 anos de serviço, solicitou servir no Batalhão de Guardas Presidenciais do Palácio do Catete (RJ). Este Batalhão também era responsável pela guarda do Palácio Guanabara (então residência oficial do Presidente da República) e do Palácio Rio Negro (residência de verão da Presidência) em Petrópolis.
No Palácio Rio Negro, o ocupante da função de oficial-de-dia (responsável pelo corpo militar em serviço no dia) era convidado por Vargas para almoçar. Ao exercer a função, Garcez almoçou diversas vezes com Vargas, que o reconhecera. O presidente retomou a conversa sobre os problemas daquelas regiões, relatando a Garcez sua idéia de desmembrar alguns estados e criar os territórios federais.
Em 14/06/1943, Garcez foi nomeado Ajudante de Ordens de Vargas. Nessa época, foram criados os territórios federais do Amapá, Guaporé, Iguaçu e Rio Branco, e nomeados os militares que iriam governá-los, ficando, no entanto, sem governador o território de Rio Branco. Vargas relatou a Garcez não saber quem nomear para o cargo, e este se ofereceu então para ocupar a posição. Assim, em 17/04/1944, foi nomeado Governador do Território Federal do Rio Branco. A nomeação de Garcez deveu-se a sua experiência na região, sua capacidade profissional e a sua relação direta com Vargas. Em 1946, após a deposição de Vargas, Garcez foi exonerado, prosseguindo em sua carreira militar.
Em 1951, com a eleição de Vargas, Garcez (já então no posto de major) foi novamente chamado para trabalhar com o presidente, passando a ocupar os cargos de Chefe de Pessoal da Presidência da República (responsável, inclusive, pela Guarda Pessoal de Vargas) e de Chefe do Serviço de Transportes da Presidência. Dessa forma, esteve ligado, de forma indireta, à polêmica da aquisição dos Rolls Royce presidenciais e ao escândalo que envolveu a Guarda Pessoal no atentado da Rua Toneleros.
Em 1956, esteve à disposição do Ministério da Justiça e Negócios Interiores, como Chefe do Serviço de Radio-Patrulha do Distrito Federal. Em 1962, esteve à disposição da Companhia Siderúrgica Nacional. Passou para a Reserva Remunerada após o Golpe Militar em 1964.
Enê Garcez dos Reis foi casado com Dulce Reis. Faleceu em 2000, com a patente de General.

Nero Moura

  • Person
  • 30/01/1910 - 17/12/1994

Lúcio Martins Meira

  • Person
  • 03/03/1907-24/12/1991

Lúcio Martins Meira nasceu em Petrópolis (RJ) no dia 3 de março de 1907, filho de Bernardo Martins Meira e de Isabel de Sousa Meira. Fez seus primeiros estudos no Colégio São Vicente de Paula, em sua cidade natal. Em 1923, ingressou na Escola Naval no Rio de Janeiro, saindo guarda-marinha em 1927. Nesse ano foi promovido a segundo-tenente e, em 1929, a primeiro-tenente. Em março de 1932, ingressou no Clube 3 de Outubro (organização criada em 1931 congregando as correntes tenentistas partidárias da manutenção e aprofundamento das reformas instituídas pela Revolução de 1930). Promovido a capitão-tenente, freqüentou a Escola de Aviação Naval, cujo curso concluiu em 1934. No ano seguinte formou-se oficial-aviador naval, além de fazer o curso de submarinos.
Em 1942, diplomou-se em engenharia civil pela Escola Nacional de Engenharia (RJ), e ainda nesse ano foi promovido a capitão-de-corveta. Durante a 2ª Guerra, comandou o submarino Humaitá, posição que ocupou durante apenas um mês, pois em 11 de fevereiro de 194 foi nomeado interventor federal no Estado do Rio de Janeiro. Em junho de 1946 foi promovido a capitão-de-fragata e, em setembro do mesmo ano, deixou a interventoria fluminense. A partir de janeiro de 1947, comandou o Quartel dos Marinheiros, de onde saiu em junho do mesmo ano para cursar a Escola de Guerra Naval. De outubro de 1949 a junho de 1950, foi chefe do Estado-Maior do I Distrito Naval, no Rio de Janeiro e, de então ao início do ano seguinte, na condição de comandante do navio-tanque Ilha Grande, fez várias viagens ao exterior.
Em 1951, com a posse de Getúlio Vargas na Presidência da República, foi nomeado subchefe do Gabinete Militar, chefiado pelo general Ciro do Espírito Santo Cardoso. Em agosto foi ainda designado para exercer as funções de representante da Marinha na Comissão de Desenvolvimento Industrial (CDI) da Presidência da República, criada no mês anterior. Como membro do CDI, Lúcio Meira assumiu a direção do grupo responsável pela implantação da indústria automobilística, denominado “Subcomissão sobre as possibilidades de se transformar a Fábrica Nacional de Motores (FNM)”. Em março de 1952, Lúcio Meira foi promovido a capitão-de-mar-e-guerra. Em 1954, com a mudança de governo, Lúcio Meira deixou o Gabinete Militar da Presidência e foi designado pra servir no Estado- Maior da Armada. Permaneceu, nesse posto até o ano seguinte, quando passou a comandar a Base Naval de Salvador. Com a vitória de Juscelino Kubitschek para presidente da República, em outubro de 1955, foi designado para assumir para o Ministério da Viação e Obras Públicas.
Em junho de 1958, Lúcio Meira foi promovido ao posto de contra-almirante e, em março de 1959, a vice-almirante. Em julho do mesmo ano, assumiu a presidência do BNDE, em substituição a Roberto Campos. Em setembro de 1960, Lúcio Meira deixou o cargo de diretor-superintendente do BNDE e, em fevereiro do ano seguinte, no início do governo Jânio Quadros, assumiu a presidência da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e dos grupos executivos da Indústria de Máquinas Agrícolas e Rodoviárias (GEIMAR). Eleito presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia em maio de 1963, no ano seguinte deixou a presidência da CSN, sendo transferido para a reserva no posto de almirante-de-esquadra. Na reserva, recebeu a quinta estrela, passando ao posto de almirante
Casou-se com Helena Celso Meira, com quem teve uma filha. Faleceu em 24 de dezembro de 1991.

Results 1 to 50 of 1041