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Person

Affonso de Carvalho

  • Person
  • 18/10/1897-15/06/1953

Francisco Afonso de Carvalho nasceu em Alagoas no dia 18 de outubro de 1897, filho de Antônio Afonso de Carvalho, militar, e de Sebastiana Sales de Carvalho.
Fez os estudos secundários no Ginásio Estadual São Joaquim em Lorena (SP), ingressando em 1915 na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Declarado aspirante-a-oficial em dezembro de 1918, foi promovido a segundo-tenente em dezembro de 1919 e a primeiro-tenente em janeiro de 1921.
Em novembro deste último ano teve participação ativa, através do Clube Militar, na reação ao episódio das “cartas falsas”, documentos ofensivos ao Exército publicados pelo Correio da Manhã no mês anterior como de autoria de Artur Bernardes, candidato à presidência da República, com a finalidade de incompatibilizá-lo com as forças armadas. Sindicância posterior demonstrou tratar-se de textos forjados, mas sua publicação acirrou a oposição dos militares a Bernardes, que, não obstante, acabou sendo eleito em março de 1922.
Promovido a capitão em setembro de 1924, cursou em 1929 a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Apoiou a Revolução de 1930 e, em dezembro de 1932, foi designado interventor federal em Alagoas em substituição a Luís de França Albuquerque. Em janeiro de 1933 fundou o Partido Nacional (PN) de Alagoas para concorrer às eleições à Assembléia Nacional Constituinte, passando a presidir a comissão executiva dessa agremiação. Realizado o pleito em maio de 1933, o PN elegeu toda a bancada alagoana.
Durante os trabalhos constituintes, iniciados em novembro seguinte, entrou em conflito com a bancada alagoana, que se recusou a acompanhá-lo na aceitação da “indicação Medeiros Neto”. Defendida em janeiro pelo deputado Antônio Garcia de Medeiros Neto, do Partido Social Democrático (PSD) da Bahia, na condição de líder da maioria, a proposta sugeria uma reforma do regimento interno da Constituinte a fim de inverter a ordem dos trabalhos e permitir que se elegesse o presidente da República antes da aprovação definitiva do novo texto constitucional. Essa proposta encontrou forte resistência, que foi contornada em fevereiro através da “fórmula Simões Lopes”, de autoria do deputado gaúcho Augusto Simões Lopes, que possibilitou a abreviação dos trabalhos mediante a votação em bloco do anteprojeto substitutivo, deixando-se as emendas para serem apresentadas e votadas somente em segunda discussão.
Em março de 1934, Afonso de Carvalho deixou a interventoria, sendo substituído pelo capitão Temístocles de Azevedo. Promovido a major em maio do ano seguinte, em 1939 representou o Exército brasileiro nas comemorações da independência da Argentina, cumprindo idêntica função em 1940 por ocasião das festas centenárias de Portugal. Em maio do ano seguinte foi promovido a tenente-coronel e, durante a gestão do general Eurico Dutra no Ministério da Guerra (1936-1945), serviu em seu gabinete entre 1941 e 1945.
Com o enfraquecimento do Estado Novo e o início da redemocratização do país em 1945, filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), na legenda do qual se elegeu em dezembro deputado por Alagoas à Assembléia Nacional Constituinte. Iniciando o mandato em fevereiro do ano seguinte, participou dos trabalhos constituintes e, após a promulgação da nova Carta em 18 de setembro de 1946, e a transformação da Assembléia em Congresso ordinário, ocupou uma cadeira na Câmara até janeiro de 1951. Nesse ínterim, foi promovido a coronel em junho de 1946, passando à reserva em 1950.
Afonso de Carvalho foi também poeta, crítico literário e jornalista, tendo colaborado em O Jornal, na Revista da Semana, que fundou e dirigiu, em O Radical e na Nação Armada, todos do Rio de Janeiro. Publicou Poemas parnasianos (1920); Cartas ao senhor diabo (1922); Memórias póstumas de um homem vivo (1928); 1ª bateria, fogo!...; O movimento pacificador; Golpe de vista na Revolução de 1930 (correspondência telegráfica do Estado-Maior Revolucionário, 1931); A poética de Olavo Bilac (ensaio, 1934); Viagem pelo Brasil (romance, 1935); Poesias (1943); Capacetes de aço, Vale a pena acordar amanhã? (romance); O Brasil não é dos brasileiros; Bilac, o homem, o poeta, o patriota; Caxias e Bilac e Teu filho não voltará mais, além de peças de teatro de revista, dramas e comédias.
Foi ainda membro do Instituto de História e Geografia Militar e da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.
Faleceu em 15/06/1953.

Fonte: Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC/FGV). Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/francisco-afonso-de-carvalho Acesso em janeiro de 2023.

Antônio Affonso de Carvalho

  • Person
  • 09/05/1863-01/01/1922

Antônio Affonso de Carvalho foi um militar brasileiro, general de divisão reformado. Natural do estado de Alagoas (AL), assentou praça em 1881 e formou-se agrimensor pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro em 1896. Tinha o curso de Artilharia regulamentar e participou da Guerra de Canudos como capitão, comandando a Bateria de Tiro Rápido na expedição do general Arthur Oscar. Participou da Comissão de compra de armamentos na Alemanha em 1910, que escolheu o material da fábrica Krupp. Foi diretor da Fábrica de Pólvora Sem Fumaça de Piquete (SP), atual Fábrica Getúlio Vatgas. Foi casado com Sebastiana Salles de Carvalho, com quem teve duas filhas e dois filhos, sendo um deles o militar e escritor Francisco Affonso de Carvalho.

Cristóvão de Castro Barcelos

  • Fundação Biblioteca Nacional
  • Person
  • 1883-1946

Cristovão de Castro Barcelos nasceu em Campos (RJ) em 25 de julho de 1883. Filho de João Gomes Sobral Barcelos e de Teresa de Castro Barcelos, em 1901 ele ingressou na Escola Militar do Brasil, no Distrito Federal. Em janeiro de 1918, então primeiro-tenente, seguiu para a França, integrando a comissão brasileira de estudos, operação de guerra e aquisição de material. De volta ao Brasil, ingressou em 1922 na Escola do Estado-Maior do Exército. Entre fevereiro de 1927 e fevereiro de 1930, chefiou a 3ª Circunscrição de Recrutamento, sediada em Vitória (ES). Promovido a major em novembro de 1928, chegou a tenente-coronel em fevereiro de 1930. Em outubro deste mesmo ano, participou da revolução que depôs Washington Luís. Em 1931, promovido a coronel, assumiu o comando da Escola do Estado-Maior do Exército. Em 1932, combateu os paulistas durante a Revolução Constitucionalista. Ainda neste ano, participou da fundação do Partido Socialista Fluminense. Em maio de 1933, foi eleito deputado para a Assembléia Constituinte pela legenda de seu partido, então União Progressista Fluminense. Foi presidente da Comissão Central de Requisições do Exército a partir de janeiro de 1939 e, em 1942, inspetor do 3º Grupo de Regiões Militares e chefe da Comissão Mista de Defesa Brasil-Estados Unidos. De 1943 a 1945 foi membro da Comissão de Promoções do Exército e, em 1944, tornou-se chefe do Estado-Maior, cargo que ocupou até fevereiro de 1946. Cristovão Barcelos foi casado com Olga de Carvalho Barcelos e faleceu no Rio de Janeiro em 1946.

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa

  • Person
  • 23/05/1865 - 13/02/1942

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa nasceu em Umbuzeiro (PB), em 23 de maio de 1865, filho de José da Silva Pessoa e de Henriqueta Barbosa de Lucena. Bacharelou-se em 1886 na Faculdade de Direito de Recife. Nesse mesmo ano foi nomeado Promotor Público em Bom Jardim (PE), permanecendo até 1887, quando foi transferido para a comarca de Cabo (PE). Em 1889, embarcou para o Rio de Janeiro. Após a Proclamação da República, foi nomeado Secretário Geral do Estado da Paraíba e eleito deputado por este estado à Assembléia Nacional Constituinte e à 1ª Legislatura do Congresso Nacional Constituinte, atuando no período de 1891 a 1893.
Entre 1898 e 1901 exerceu o cargo de Ministro da Justiça e Negócios Interiores do governo Campos Salles, período em que foram elaborados o Código Civil e o Código de Ensino, que modificou a educação secundária e superior. De 1902 a 1912, foi Ministro do Supremo Tribunal Federal e de 1902 a 1905 foi Procurador Geral da República. Presidiu os trabalhos da Junta Internacional de Jurisconsultos, em 1912, no Rio de Janeiro, examinando os projetos para o Código de Direito Internacional Público e Privado. Neste ano, elegeu-se Senador pela Paraíba (1912-1919). Em 1919, embarcou para Paris a fim de presidir a Delegação Brasileira à Conferência da Paz. Nesse mesmo ano, foi eleito Presidente da República, governando de 1919 a 1922. Após este período, atuou como Membro da Corte de Justiça Internacional de Haia (1923-1930); Senador pela Paraíba (1924-1930); Presidente da Junta Pan-americana de Jurisconsultos (1927) e Presidente da Comissão Permanente de Codificação do Direito Internacional Público (1932). Em 1929, participou da campanha da Aliança Liberal que apoiou Getúlio Vargas para Presidente da República.
Foi casado com Francisca Chagas e, após o falecimento desta, com Maria da Conceição Manso Sayão, com quem teve três filhas. Faleceu em 13 de fevereiro de 1942, em Petrópolis (RJ).

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